17 fevereiro 2025

45 cursos gratuitos para a formação continuada de professores e gestores em 2025.

 

Para apoiar professores e gestores na escolha das melhores oportunidades, montamos uma lista com 45 cursos online gratuitos, a maioria com certificação, oferecidos por organizações de referência (MEC, Capes, FGV, Fundação Itaú, Fundação Bradesco e outros). Aproveite para dar o próximo passo na sua carreira e inspirar seus alunos.

A lista inclui cursos sobre:

Novas habilidades: fotografia em sala de aula, produção de videoaulas, podcasts, produção e edição de vídeos, narrativas em quadrinhos, gamificação e educação financeira.

Tecnologia: Recursos educacionais digitais, Inteligência Artificial como ferramenta de aprendizagem, literatura infantil digital, uso consciente da internet e letramento digital.

Outros: Vários cursos sobre equidade e inclusão, desenvolvimento pessoal, componentes curriculares e BNCC e ainda sobre gestão – em secretarias e escolas.

Em um mundo onde as tecnologias educacionais, as demandas sociais e as novas formas de aprendizado se renovam diariamente, a formação continuada não é apenas uma escolha, mas um compromisso com a excelência docente. A sala de aula atual exige professores que atuem como curadores de conhecimento e mediadores de oportunidades e futuros possíveis. A boa notícia? Essa jornada de atualização está mais acessível do que nunca, com cursos gratuitos e recursos flexíveis que se adaptam à sua rotina.

Já imaginou discutir inteligência artificial na educação, cultura digital ou justiça socioambiental com a mesma segurança com que ensina ciências, matemática ou literatura? As formações online, de curta duração, preenchem lacunas da formação inicial e aproximam o ensino das realidades das novas gerações, aproximando-as do mundo contemporâneo.

 

Cursos gratuitos sobre novas habilidades

1 – Escola Fundação Itaú – Percurso nas artes para professores: a fotografia na sala de aula

Capacita educadores a utilizar a fotografia como ferramenta pedagógica, explorando sua história, alfabetização visual, análise crítica de imagens e aplicações no currículo escolar. Com carga horária de 10 horas e formato autoformativo, aborda diferentes campos fotográficos, referências estéticas e práticas como leitura crítica e representação visual. Para professores do ensino fundamental e interessados no tema, o curso amplia o repertório docente e promove a fotografia como meio de expressão e criação na educação. 

2 – Fundação Bradesco – Fotografias com dispositivos móveis

Destinado a iniciantes e com duração de 8 horas, é composto por seis aulas que exploram a evolução da fotografia desde sua origem em 1826 até as atuais fotos digitais. Os participantes aprenderão a criar e editar imagens usando celulares, desenvolvendo habilidades em técnicas fotográficas, teoria das cores e resolução de imagens digitais através de exercícios práticos. Além disso, o curso aborda a publicação de fotos em redes sociais e sua impressão.

3 – Fundação Bradesco – Boas práticas na produção de videoaulas

O curso voltado para iniciantes e com duração de 5 horas, tem como objetivo orientar professores no uso de técnicas e ferramentas essenciais para a criação de videoaulas eficazes. Os participantes irão explorar as etapas de planejamento e construção dos vídeos, incluindo a seleção dos formatos mais adequados, elaboração de roteiros, organização do conteúdo, definição de temas e aspectos importantes na edição. Por meio de atividades práticas, os professores adquirirão uma base sólida para produzir videoaulas de qualidade, um recurso cada vez mais valorizado no ambiente educacional atual.

4- SESC Digital – Como criar podcasts

O curso, ministrado pelo jornalista Tiago Rogero, ensina tudo o que é necessário para produzir um podcast de qualidade, abordando desde a concepção até a publicação. Nele, são apresentadas as melhores práticas de produção, gravação, criação de roteiro, locução, edição, divulgação e estratégias de financiamento, além de dicas sobre ferramentas e equipamentos. O conteúdo é dividido em seis aulas: Introdução; Produzindo podcasts; Trilha sonora; Técnicas de gravação; Roteiro de podcast; e Edição, publicação e divulgação.

5 – Enap – Produção e edição de vídeo pelo celular

Ensina a usar ferramentas práticas e de baixo custo para criar vídeos, utilizando apenas o celular. Com 20 horas de carga horária e disponibilidade de 30 dias, ele aborda desde a percepção do aparelho como ferramenta de conteúdo, passando pela pré-produção, gravação, edição e hospedagem dos vídeos. Voltado para servidores públicos e demais interessados, o curso é aberto, gratuito e oferece certificado.

6 – EAD Sesc Digital – Noções básicas de desenho e narrativas em quadrinhos

O desenhista e quadrinista Rafael Coutinho leva os alunos a explorar todas as etapas da criação de uma história em quadrinhos, além das regras tradicionais. O curso abrange conceitos básicos, materiais, opções de linguagem, técnicas e processos criativos, com demonstrações práticas do roteiro à arte- final. Composta por seis videoaulas, a formação guia o aluno desde a leitura do roteiro até a finalização e colorização das páginas, utilizando técnicas manuais e digitais. E mais: o aluno poderá praticar e criar suas próprias páginas durante as aulas.

7 – Fundação Roberto Marinho/Futura e SESI- Jogos e Gamificação na Educação

Com o passar dos anos, os jogos se tornaram mais diversos, incluindo analógicos (cartas e tabuleiro) e digitais, como jogos de entretenimento, educativos e simulações. Essa variedade fez do jogo uma ferramenta pedagógica cada vez mais presente nas metodologias de ensino, estimulando a criatividade e o aprendizado lúdico. A gamificação, que utiliza elementos de jogos em contextos não relacionados a jogos, como rankings e recompensas em atividades educacionais, tem ganhado destaque: é uma metodologia ativa que colocam o estudante como protagonista do aprendizado. O curso oferece uma abordagem teórica e prática, permitindo que educadores implementem o que aprenderam e otimizem suas aulas de forma dinâmica.

Cursos gratuitos sobre tecnologia

8 – Escolas Conectadas – Imersão ferramentas digitais na prática para professores

A trilha apresenta ferramentas digitais inovadoras para aprimorar a prática docente e tornar as experiências de aprendizagem mais envolventes e interativas. Com uma abordagem prática, os participantes aprenderão a utilizar recursos de design, programação, escrita, inteligência artificial, fotografia e vídeo, promovendo maior engajamento e criatividade entre os estudantes, que já vivem imersos no ambiente digital.

9 – Escola Fundação Itaú – Recursos Educacionais Digitais (REDs)

Aposta na capacitação de professores e gestores escolares para integrar ferramentas digitais ao ensino, potencializando a aprendizagem dos estudantes. Com carga horária de 8 horas e formato autoformativo, apresenta conceitos e estratégias para o uso pedagógico de REDs (Recursos Educacionais Digitais), explorando plataformas como Google Slides, Padlet, Flippity, Khan Academy e Google Formulários. O conteúdo aborda gamificação, personalização do ensino e intencionalidade pedagógica, proporcionando uma visão prática sobre a aplicação dessas tecnologias em sala de aula.

10 – CAPES/AVAMEC – Tecnologias da Informação e Comunicação

O curso gratuito oferece uma formação de 60 horas, dividida em cinco minicursos autoinstrucionais, abordando desde a organização para estudos em ambientes virtuais até a evolução tecnológica. Os módulos exploram temas como sociedade em rede, educação a distância, mídias na educação e dispositivos móveis, proporcionando suporte técnico e qualificação na área digital.

11 – FGV – IA como ferramenta de aprendizagem e pesquisa

Oferece uma visão abrangente sobre inteligência artificial, destacando seu uso na educação e na pesquisa. O programa inclui detalhamento de conceitos como aprendizagem de máquina, IA generativa e modelos de linguagem de larga escala (sistemas que atendem pela sigla LLM). Além disso, discute questões éticas e sociais do uso da IA, ensina a aplicá-la no planejamento de aulas e criação de feedbacks e explora seu potencial na análise de dados e transcrição de entrevistas.

12 – EducaMídia – Craques da busca

O programa Craques da Busca, criado pelo EducaMídia em parceria com o Google Search, tem por objetivo oferecer ferramentas que ajudam a desenvolver habilidades para pesquisar informações online de maneira mais eficaz, bem como a autonomia crítica para a verificação de informações. Este curso apresenta passos simples, apresentados de forma clara, que podem transformar a relação com as informações que você recebe ou busca.

13 – AVAMEC/Instituto Palavra Aberta – Inteligência artificial e educação midiática: uma introdução

Explora a inter-relação entre inteligência artificial generativa e educação midiática, abordando conceitos, características e aplicações no contexto educacional. Com carga horária de 3 horas, é um curso autoguiado, sem tutoria, e inclui leitura de textos, testes e checklists como metodologia. Destinado a gestores, coordenadores pedagógicos, professores e bibliotecários, pode ser concluído em um prazo flexível de 1 a 30 dias, com certificação emitida após a conclusão das atividades.

14 – FGV – IA generativa nas aulas: usando o recurso a nosso favor

O curso tem como objetivo capacitar professores para a integração da inteligência artificial em suas práticas pedagógicas, desenvolvendo competências críticas e colaborativas essenciais ao ensino contemporâneo. A formação busca facilitar a interpretação de dados, textos e imagens gerados por IA, compreendendo seus significados e aplicações no aprendizado, além de aplicar a IA generativa na criação de soluções inovadoras para atividades de ensino. Também propõe a análise das limitações, dos vieses e das questões éticas relacionadas ao uso da IA na educação, bem como a integração dessas ferramentas em trabalhos colaborativos, promovendo a coautoria e o aprendizado em equipe.

15 – Escola Fundação Itaú – Percurso nas artes para professores: inteligência artificial

Explora o uso da inteligência artificial na arte e na educação, abordando seu potencial para processos criativos e estratégias de ensino, além de discutir questões éticas envolvidas. Ministrado pela cientista da computação Nina da Hora, o curso é dividido em cinco módulos que tratam da história e desenvolvimento da IA, seus critérios éticos, fundamentos na educação e na arte, além de perspectivas para sua aplicação.

16- Escola Fundação Itaú – Mediação de literatura infantil digital

Educadores vão entender como selecionar e mediar obras digitais infantis de forma segura e significativa. Com carga horária de 4 horas e formato autoformativo, apresenta os desafios e potenciais da literatura digital, abordando critérios de avaliação, estudos sobre seu impacto e diretrizes para uma mediação eficaz. 

17 – Escolas Conectadas – Cidadania digital: educando para o uso consciente da internet

Este curso gratuito prepara educadores e estudantes para navegar com segurança, ética e responsabilidade no ambiente online. Desenvolvido em parceria com a ONG Safernet, aborda desde direitos e deveres digitais até prevenção de cyberbullying, segurança de dados e reflexões críticas sobre sexualidade e identidade nas redes.

18 – Fundação Bradesco – Letramento digital

O objetivo do curso é oferecer os primeiros passos no mundo digital. O aluno aprenderá a compartilhar informações com segurança, lidar com o cyberbullying, utilizar serviços de nuvem como o OneDrive e colaborar em documentos do Word. Gratuita, a formação conta com mais de 80 vídeos, tornando o aprendizado dinâmico e prático. Ao final de cada módulo, é possível testar os conhecimentos com um quiz.

Cursos gratuitos sobre equidade e inclusão 

19 – FGV – Diversidade no contexto escolar: uma introdução conceitual

O que significa o conceito de diversidade na educação? Este curso analisa sua relação com políticas educacionais brasileiras e os desafios enfrentados ao longo da vida escolar. Ministrado por Luciana de Oliveira Ramos, aborda a diversidade a partir da teoria crítica e estudos científicos, diferenciando-a de termos como diferença, desigualdade, multiculturalismo e universalismo. Voltado para estudantes do ensino superior e profissionais da educação básica, o curso promove uma compreensão ampla do tema, ajudando a reconhecer suas implicações e aplicações no ambiente escolar.

20 – Instituto Rodrigo Mendes – Portas abertas para a inclusão, educação física inclusiva

Saiba desenvolver atividades de educação física e esporte inclusivos em escolas regulares, promovendo a participação de estudantes com e sem deficiência. A formação explora a educação física e o esporte como ferramentas para fortalecer a inclusão escolar, incentivando a articulação interdisciplinar e a construção coletiva do conhecimento. Além disso, orienta a revisão de projetos político-pedagógicos, considerando diretrizes de direitos humanos, democracia e inclusão, e estimula o desenvolvimento de parcerias locais para garantir a continuidade e evolução do processo inclusivo no ambiente escolar.

21 – Plataforma Sesc Digital – Libras: descobrindo a Língua de Sinais

Uma introdução à Língua Brasileira de Sinais, sua estrutura, cultura e a comunidade surda, promovendo conhecimento e empatia. Com aulas interativas, aborda vocabulário, histórias de referência, dicas de comunicação e reflexões sobre capacitismo e diversidade. Além da comunicação cotidiana, o curso explora manifestações artísticas em Libras, como o Visual Vernacular. O curso está dividido em seis aulas e permite revisão contínua e prática dos sinais.

Cursos gratuitos sobre desenvolvimento pessoal

22 – AVAMEC – Curso de aperfeiçoamento em bem-estar no contexto escolar

Uma formação de 180 horas voltada para professores e gestores da educação básica, abordando saúde mental e emocional na comunidade escolar. Dividido em três módulos, trata das relações entre estudantes, educadores, gestores e famílias, além da importância do bem-estar e da qualidade de vida no ambiente educacional. Também explora estratégias para trabalhar saúde mental e competências socioemocionais com crianças e adolescentes.

23 – Fundação Bradesco – Regulação da preocupação e da ansiedade

Apresenta estratégias científicas para manejar emoções como preocupação e ansiedade. Composto por quatro aulas com vídeos e exercícios práticos, capacita os participantes a entender e regular essas emoções no dia a dia. Faz parte das Trilhas de Conhecimento em Inteligência Emocional.

24 – Futura/SESI-SP – Cuide da sua voz: princípios básicos da educação vocal

Aborda o funcionamento do aparelho fonador, saúde vocal, técnicas de projeção, articulação, respiração e ressonância, além de oferecer exercícios práticos de aquecimento e desaquecimento vocal. Com isso, o curso busca proporcionar maior resistência e flexibilidade à voz do professor, promovendo uma comunicação mais eficaz, conforto durante as aulas e estratégias para estimular a criatividade e nuances vocais, contribuindo para a prevenção de lesões como nódulos.

Cursos gratuitos sobre componentes curriculares e BNCC

25 – AVAMEC – Português como língua de acolhimento na educação básica

Educadores serão convidados a reflexões sobre migrações, diversidade linguística e cultural, além de discutir o ensino de Português como Língua de Acolhimento na educação básica a partir de uma perspectiva decolonial. Com carga horária de 120 horas, distribuídas em seis módulos no ambiente virtual, o curso aborda conceitos-chave para ações com migrantes na escola, práticas educacionais e materiais didáticos voltados à diversidade linguística.

26 – AVAMEC/Instituto Península – BNCC na prática: como planejar as aulas de educação física

Destinado a professores, coordenadores e gestores educacionais com foco na aplicação da BNCC no ensino da educação física. Dividido em quatro módulos, aborda o conhecimento escolar na disciplina, o trabalho com objetos de conhecimento e habilidades da BNCC, a ampliação das aprendizagens e a progressão dos conteúdos. Voltado a profissionais da educação física da educação infantil ao ensino médio, o curso gratuito proporciona uma abordagem prática e estruturada para planejamento e execução das aulas conforme a BNCC.

27 – FGV – Objetivos de aprendizagem referenciados pela BNCC de matemática

Explora o papel da BNCC na estruturação curricular da matemática, abordando competências gerais, específicas e ideias fundamentais. Além disso, apresenta abordagens longitudinal e transversal, estratégias para a composição de atividades online e métodos de avaliação síncrona e assíncrona, incluindo autoavaliação e rubricas educacionais.

28 – FGV – Recursos digitais e o ensino de linguagens à luz da BNCC

O curso aborda as diretrizes da BNCC para a área de Linguagens, abordando o conteúdo como ferramenta para o desenvolvimento de competências e habilidades. Apresenta estratégias para o ensino da Língua Portuguesa, literatura e redação, além dos desafios e avanços do ensino em ambientes remotos. Também discute o papel da cultura na educação e a atuação do professor no cenário atual, oferecendo uma abordagem metodológica voltada para a mediação em contextos tecnológicos.

29 – SESC Digital – Abordagem triangular e o ensino de arte na educação infantil

Apresenta a abordagem triangular, desenvolvida há três décadas pela pioneira da arte-educação no Brasil, discípula de Paulo Freire. São três eixos: leitura de imagens, contextualização de obras e produção artística, para ampliar o ensino de artes visuais para crianças de 3 a 5 anos. O curso oferece videoaulas e material de apoio com sugestões de atividades adaptáveis tanto para educadores em instituições quanto para famílias em casa, incentivando a criação de experiências artísticas significativas e contextualizadas. 

30 – Enap – Elaboração de projetos escolares com educação financeira

Desenvolvido pelo Banco Central do Brasil em parceria com a Enap, o curso gratuito capacita educadores para integrar temas de educação financeira à educação básica, em conformidade com a BNCC. Com carga horária de 30 horas, é gratuito, aberto e oferece certificado, sendo direcionado principalmente a professores interessados em implementar projetos do programa Aprender Valor. Organizado em quatro módulos, o curso aborda desde a pedagogia de projetos, com foco no protagonismo dos alunos, até a elaboração de atividades práticas, utilizando protocolos de discussão e templates para projetos interdisciplinares. Assim, une fundamentação teórica a ferramentas práticas para promover experiências de aprendizagem contextualizadas e estimular a reflexão crítica sobre conceitos financeiros.

Cursos gratuitos sobre gestão – em secretarias e escolas

31 – FGV – Liderança e gestão participativa na escola

Enfatiza o papel central do gestor escolar no sucesso da instituição, associando sua liderança aos resultados educacionais. Com base em temas como negociação e tomada de decisão, a formação apresenta estratégias para uma gestão colaborativa, eficaz e democrática, buscando engajar a comunidade escolar e criar ambientes de aprendizagem produtivos e harmoniosos. Os objetivos incluem a análise crítica do papel do gestor, o reconhecimento de equipes de alto desempenho e a aplicação de técnicas de comunicação e mediação de conflitos.

32 – FGV – Planejamento e estratégia para gestão escolar

Apresenta aspectos importantes para a organização e administração de escolas na educação básica. Entre os principais temas, destacam-se o PPP (Projeto Político-Pedagógico), as políticas e programas educacionais, além de estratégias práticas para a gestão do espaço escolar e o processo de ensino-aprendizagem. A programação é estruturada em seis unidades que abrangem desde a formulação de políticas educacionais até a gestão prática da escola e o fortalecimento do trabalho em equipe.

33 – FGV – Conceitos de cotidiano escolar e gestão: senso comum e conhecimento

Esta formação explora a relação entre o conceito de cotidiano e a gestão escolar, integrando reflexões da filosofia e da educação. O curso tem como foco a reconstrução de conceitos como cotidiano, educação e gestão, demonstrando como o dia a dia escolar pode ser um elemento essencial para lideranças mais eficazes.

34 – FGV – Fundamentos para construção do projeto político-pedagógico escolar

Com uma abordagem prática e reflexiva, este curso gratuito oferece ferramentas para a elaboração de projetos político-pedagógicos alinhados à gestão estratégica e à tomada de decisões. A formação destaca a importância de uma escola democrática e de ações transformadoras, promovendo a conexão entre planejamento estratégico e o fortalecimento da democracia no ambiente escolar. 

35 – Sebrae – Pilares da gestão escolar: gestão de pessoas

A trilha tem como objetivo desenvolver competências empreendedoras, como mobilização de pessoas, autoconsciência e autoeficácia. Os cursos abordam liderança, formação de equipes, autoconhecimento, negociações eficazes e planejamento sucessório em organizações familiares, promovendo gestão profissional e resultados sólidos. Incluem temas como gestão de equipes, autoliderança, negociações eficazes e sucessão empresarial, com foco especial em gestores de escolas privadas.

36 – Sebrae – Pilares da gestão escolar: gestão da comunicação

Esta outra trilha busca desenvolver competências empreendedoras, como criatividade, planejamento, iniciativa, valorização de ideias e mobilização de recursos e pessoas. Focada na comunicação, oferece orientações sobre elaboração de planos de marketing, presença digital e uso da internet para gestão de comunicação. Os cursos incluem a criação de sites e páginas no Facebook, fortalecendo a credibilidade da organização e gerando oportunidades de negócio. 

37 – Escola Fundação Itaú – Acompanhamento pedagógico – Secretaria e lideranças escolares

A formação apoia profissionais da educação na criação de rotinas intencionais que englobam diagnóstico, planejamento, implementação e monitoramento de práticas pedagógicas, fortalecendo a qualificação docente e reduzindo desigualdades de aprendizagem. Com ênfase na mobilização de ações, estruturação de equipes e estabelecimento de metas mensuráveis, o curso tem acompanhamento pedagógico e matriz de competências entre seus módulos.

38 – Escola Fundação Itaú – Alfabetização como foco da gestão educacional

Destinado a equipes técnicas de secretarias de educação para o desenvolvimento de políticas de alfabetização, a formação foca nos desafios atuais e o impacto ainda persistente do período sem aulas presenciais durante a pandemia. As atividades consistem envolvem análise de conceitos, diagnóstico e instrumentos que favoreçam políticas estruturantes para recuperação das aprendizagens. O curso aborda temas como concepções de alfabetização, diagnóstico na rede, instrumentos para avaliação e planejamento de intervenções, visando compreender e revisar práticas e aprimorar o trabalho de alfabetização nas redes municipais.

39 – Escola Fundação Itaú – Acompanhamento Pedagógico – gestores(as): secretaria e lideranças escolares

O curso apoia profissionais na adaptação às mudanças e desafios do processo educativo. Destaca o papel da Secretaria na organização do acompanhamento pedagógico, incluindo planejamento, mobilização de ações e gestão de recursos, enquanto as lideranças escolares devem focar no fortalecimento da prática docente e no estabelecimento de expectativas mensuráveis. A formação busca qualificar estratégias de diagnóstico, planejamento, implementação e monitoramento de rotinas e protocolos de acompanhamento pedagógico.

40 – AVAMEC – Práticas Restaurativas: construindo escolas seguras e promovendo a cultura de paz

Imagine uma escola onde conflitos viram pontes, saberes ancestrais se entrelaçam com diálogos modernos e cada desavença é uma semente para reparação. Desenvolvido pela Universidade Federal de Sergipe, Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação) e MEC (Ministério da Educação), este curso é uma jornada para gestores, educadores e profissionais da saúde que buscam transformar ambientes escolares em espaços de acolhimento. Combinando a Roda da Medicina indígena com técnicas como a Comunicação Não-Violenta (CNV), ele ensina a tecer redes de diálogo que convertem danos em oportunidades de crescimento, enquanto prepara os participantes para atuar em sintonia com redes de proteção social, como Conselhos Tutelares e CRAS (Centros de Referência em Assistência Social).

Cursos gratuitos para professores e demais interessados em educação

41 – Escola Fundação Itaú – Formação como curadoria: literatura para crianças

A formação é voltada à curadoria de livros infantis, abordando critérios como qualidade literária e construção artística. Parte da ideia de que a criança é protagonista de sua formação leitora, analisando fatores que influenciam suas escolhas e preferências. O conteúdo explora o papel do curador, seus desafios e responsabilidades, além de incentivar a participação ativa das crianças nesse processo. Os objetivos incluem apresentar a importância da curadoria e mediação literária, oferecer repertório teórico e prático, e discutir estratégias para formar um público leitor desde a infância.

42 – AVAMEC – Desenvolvimento do protagonismo do estudante

Aqui, a proposta é capacitar professores para transformar a sala de aula em um espaço onde os alunos assumem um papel ativo na própria aprendizagem, alinhado aos princípios da BNCC. Com seis módulos dinâmicos, aborda metodologias ativas, estratégias adaptadas para cada etapa da educação básica — da educação infantil à EJA — e ferramentas que conectam histórias de vida ao aprendizado.

43 – AVAMEC – Construção do projeto de vida do estudante

O curso auxilia educadores e familiares na orientação de estudantes para a construção de seus projetos de vida, utilizando narrativas pessoais, empatia e empoderamento. Dividido em quatro módulos, aborda autoconhecimento, escrita autobiográfica, identidade e empoderamento. A metodologia inclui textos teóricos, atividades reflexivas e avaliações práticas.

44 – Futura – Construindo pontes entre as competências gerais e as habilidades da BNCC

Explora a estrutura da BNCC, evidenciando a relação entre as dez competências gerais e as habilidades e objetos de conhecimento, e propõe uma reflexão sobre o desenvolvimento progressivo dessas habilidades ao longo dos anos escolares por meio de experiências práticas, projetos e relatos. Ao abordar também as perspectivas da aprendizagem por projetos, oferece uma visão abrangente que permite ao estudante compreender como construir currículos que integrem, de forma inspiradora, as dimensões amplas e restritas da BNCC.

45 – Futura/SESI – A escola que temos e a escola que queremos: enfrentamento da violência e do bullying nas escolas

Quais são as causas do bullying e quais as estratégias para preveni-lo nas escolas? O curso discute as diversas formas de participação das famílias e da comunidade escolar, além de enfatizar a saúde emocional de professores e estudantes, promovendo uma convivência saudável e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais.


Escolinhas de Futsal e Vôlei - EM Anita Trigueiro do Valle

 

COMUNICADO

Senhores pais ou responsáveis.

A partir de terça-feira, começará os treinamentos de futebol de salão e de vôlei na quadra da nossa escola Anita Trigueiro nas modalidades: 

 *Futsal* : segunda, quarta e sexta.( horário das 17h15 às 18h para os alunos do fundamental I (turno da tarde) e das 18h10 às 19h fundamental II (turno da manhã). 

 *Vôlei*: terças e quintas (horário 17h15 às 18h) para os alunos do fundamental I (turno da tarde) e das 18:10 às 19h para o fundamental II (turno da manhã)

As inscrições serão realizadas com a presença do responsável no dia e horário da modalidade escolhida 

Obs: Maiores informações no whatsapp do professor Leonardo de educação física

(83) 98779-2596



12 fevereiro 2025

Pai de adolescente com vício grave em celular mostra mordidas que levou do filho durante crises: 'Foram mais de 40'

 



Cresce o número de crianças de 0 a 8 anos com celulares próprios


Pela primeira vez, a pesquisa do Cetic.br apresenta dados desta faixa etária. Rodrigo Nejm, especialista em educação digital do Instituto Alana, analisa o estudo e explica como esses dados podem impactar políticas públicas

O debate sobre o acesso e uso de internet e dispositivos móveis por crianças está dentro e fora da escola. Se no ambiente escolar os aparelhos estão restringidos por lei ao uso pedagógico, dentro de casa e em outros espaços talvez o cenário seja outro.

Novos dados divulgados pelo Cetic.br (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação) nesta terça-feira, 11, Dia da Internet Segura, mostraram que crianças de 0 a 8 anos, têm mais acesso não só ao uso, como também à posse desses aparelhos. As informações fazem uma comparação entre 2015 e 2024.

A pesquisa, que historicamente analisava informações de acesso e uso entre 9 e 17 anos, trata pela primeira vez da faixa etária entre 0 e 8, com base nas respostas dos familiares entrevistados para comparar diferentes períodos.

Os dados são preocupantes: a porcentagem de crianças brasileiras de 0 a 2 anos com acesso à internet passou de 9% em 2015 para 44% em 2024, um aumento de quase 400%. O número de crianças dessa faixa etária com celular próprio cresceu de 3% em 2015 para 5% em 2024.

Conforme a idade vai avançando, há também um aumento exponencial nessa posse. Crianças de 3 a 5 anos saíram de 6% em 2015 para 20% em 2024, e as de 6 a 8 anos, foram de 18% para 36% no mesmo período.

Confira a pesquisa na íntegra

Acesso às telas cada vez mais cedo

Ter um celular em uma idade tão precoce reforça a apreensão dos especialistas em primeira infância, principalmente no que se refere ao desenvolvimento cognitivo dos bebês. A recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria é que as crianças não sejam expostas a qualquer tipo de telas até os 2 anos.

No estudo “Desenvolvimento da linguagem e da leitura no cérebro atualmente”, Augusto Buchweitz, pesquisador do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul, descreve como atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem é frequente em bebês que ficam passivamente expostos às telas por períodos prolongados.

Rodrigo Nejm, doutor em psicologia e especialista em educação digital no Instituto Alana, aponta que contar com uma pesquisa como essa e com os dados compilados dados era algo urgente para proporcionar um contexto mais preciso da primeira infância nesse universo digital, a fim de permitir o embasamento de políticas públicas e o subsídio de ações objetivas.

Levando em consideração as recomendações feitas por diversos setores médicos e da educação, Rodrigo comenta que o alto índice de crianças usando a internet chama muito a atenção. Para ele, principalmente na faixa entre 0 e 2 anos, há que se fortalecer o contato com a natureza, além das relações interpessoais, para que a criança possa se desenvolver com o mundo à sua volta.
Ouça o podcast ‘De 0 a 5’ que abordou a tecnologia na educação infantil.

A pesquisa do Cetic se baseia nas informações oferecidas pelos responsáveis das crianças, mas não detalha os tipos de uso de internet.

“Esses dados começam a abrir um campo para que a gente possa ter mais evidências e as escolas, assim como as políticas públicas em geral, possam tomar atitudes e planejar ações com base em algum grau de evidência e não só na percepção individual”, afirma Rodrigo.
Educação infantil e tecnologia

“No caso da educação infantil, algumas escolas, inclusive particulares, usavam telas. Algumas delas, com o acesso via dispositivos pessoais das crianças. Isso não é de forma alguma bem-vindo.”

Em nota técnica publicada pelo Instituto Alana, a organização sugere que, na educação infantil, nem mesmo o uso pedagógico de celular faz sentido. Contar com algum elemento de tecnologia nesse faixa etária, dentro da escola, pode acontecer, mas nunca com o aparelho pessoal do estudante. O mesmo vale para os tablets.

“Com base nos estudos que acompanhamos, o dano é maior do que o benefício de usar o celular e outros equipamentos portáteis na educação infantil”, afirma Rodrigo. A despeito do alto índice de crianças com acesso ao celular, é possível tratar do assunto de maneira desplugada, recomenda o especialista.

“Isso pode ser feito por meio de atividades lúdicas, nas quais as crianças possam falar de suas experiências digitais, guiadas por professores – mas não os professores apresentando elementos do digital. É preciso colher das crianças quais são as experiências de lazer delas e, dentro disso, conseguir perceber qual é a presença da internet e desses aparelhos no seu repertório”, afirma.

Conversar com os estudantes para entender o quanto eles sabem sobre esse universo digital é uma chance de conhecê-los melhor, além de uma oportunidade de se aproximar das famílias para levar informações sobre o uso seguro de dispositivos. É, também, um bom momento para explicar a lei 15.100/25, que restringiu os celulares nas escolas.

Para Rodrigo, este trabalho junto às famílias pode melhorar a relação das crianças com o ambiente digital quando elas não estiverem na escola.
Acesso à internet

As informações coletadas pela pesquisa do Cetic usaram como base os dados da TIC Domicílios e TIC Kids Online Brasil e também apresentaram um quadro sobre o acesso à internet e a computadores.

No caso do acesso à internet, os números também subiram. O percentual de crianças de 0 a 2 anos que utilizam a internet subiu de 9% para 44%, entre os de 3 a 5 esse número saiu de 26% para 71%. Seguindo uma tendência de alta semelhante à posse de celulares, a faixa etária de 6 a 8 anos também apresentou aumento, quase dobrando de porcentagem: de 41% em 2015 para 82% em 2024.

Rodrigo Nejm afirma que a pesquisa abre espaço para novas descobertas e reforça ser urgente definir parâmetros para o uso crítico de plataformas digitais tanto para a educação infantil quanto para o ensino fundamental. Afinal, as plataformas são pensadas para “maximizar lucros usando o tempo das crianças”.

“Especialmente nos anos iniciais do ensino fundamental, onde há mais presença dessas tecnologias, é fundamental que o ponto de partida seja um design ético e pedagógico que atente, também, para as questões de proteção de dados além do desempenho acadêmico”, diz.
Classe e renda

Os dados apresentados na pesquisa também levam em consideração a classe social à qual as crianças pertencem. A análise mostrou que o uso de tecnologias digitais varia a depender da condição socioeconômica. Nas classes AB, por exemplo, 97% das crianças de 6 a 8 anos acessam a internet em 2024, enquanto 88% delas na classe C e 69% nas classes DE para essa mesma faixa etária.
Computadores em queda

Enquanto meninos e meninas têm cada vez mais acesso a celulares, os computadores estão em declínio nessa faixa etária. A pesquisa mostrou que 26% das crianças de 3 a 5 anos e 39% das crianças de 6 a 8 anos usavam computador – sejam os de mesa, notebooks ou tablets. Esse número caiu para 17% e 26%, respectivamente, em 2024.

11 fevereiro 2025

“A gente adora o frio na barriga dos primeiros dias com as turmas”


A professora e orientadora pedagógica Renata Salomone escreve sobre os recomeços de cada ano letivo e a importância da redescoberta ao entrar em sala de aula

por Renata Salomone 11 de fevereiro de 2025

A gente adora começo de ano nas escolas. É tempo de lembrar das bonitezas e desafios de trabalhar com a profissão mais encantada do mundo: ser professor. Mas começos não existem sem história. Por isso, chamo para esta conversa o professor e escritor Nêgo Bispo (1959-2023), liderança quilombola e um dos principais intelectuais brasileiros, com sua proposta de começo-meio-e-começo registrada em poema:

“Nós somos o começo, o meio e o começo. Existiremos sempre, sorrindo nas tristezas para festejar a vinda das alegrias. Nossas trajetórias nos movem, nossa ancestralidade nos guia.”

O verso nos faz lembrar de que ciclos não se encerram, mas se reinventam e se desdobram nas tranças dialógicas do dia a dia. Se há um meio, ele é travessia; se há um começo, ele nunca é absoluto, pois já vem carregado de memórias e presenças.

Recomeçar é se enlaçar com “fruturos”, junção de “frutos” e “futuros” indicando que os resultados de nossas ações moldam o que virá. O conceito nos conecta ao “futuro ancestral”, colocando na roda nosso grande filósofo e ambientalista Ailton Krenak, primeiro indígena a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras.

Quando evocamos o futuro na educação, não estamos falando daquilo que podemos prever ou mensurar. Estamos tratando de resgatar ancestralidades e abrir as fendas para a imaginação radical, para os sonhos, para a criação, para a responsabilidade coletiva de seguir em conexão, para o mergulho no outro, para o devir. Construir fruturos é cultivar caminhos sem saber como vai ser a colheita, é cuidar da rega do inesperado.

O historiador Luiz Simas, que também é escritor e professor, nos lembra que educação não é apenas escolaridade; é ampliação de repertório, construção de sentido e partilha do comum, que acontece em cada esquina da escola e da vida. Por isso, valorizamos as “sabências” temperadas das ruas, dos sujeitos das margens, dos conflitos dos recreios, dos nossos alunos. Vivemos tempos de muito comunicado e pouca comunidade, o que faria Paulo Freire (1921-1997) nos contar sobre como temos cultivado a desconexão entre aprender e viver, entre saber e sentir.

Nos dias de hoje, entusiasmo tem se transformado em ansiedade. O senso de agência, que deveria ser força de criação, foi capturado pela urgência, pelo medo do fracasso, pela busca irrefreada por dopamina. Vivemos num tempo onde a gramática do ódio e do medo estreita a perspectiva, bloqueia o movimento e nos agrilhoa. O medo sufoca o futuro antes mesmo que ele possa ser sonhado. E, nesse sufocamento, abre espaço para soluções autoritárias, para a promessa de ordem, para a docilização dos corpos, que dispensa o desejo e silencia a imaginação.

Na lida cotidiana com tantos estudantes sedentos de futuros, precisamos desafiar essa gramática afetiva do ódio e do medo e colocar na gira a crença em novas possibilidades narrativas. Precisamos esperançar.

Professor da Universidade de Artes de Berlim (Alemanha), o filósofo ensaísta sul-coreano Byung-Chul Han nos fala do espírito da esperança, um impulso que não é ingênuo nem conformado, mas ativo e movente. A esperança não é um estado de passividade otimista, nem uma ilusão confortável de que tudo dará certo.

Aliás, nessa encruzilhada educativa, não cabem os coaches de sucesso, os otimistas tóxicos que não arriscam nada, porque estão aprisionados à própria alegria: eles acreditam que o curso das coisas se resolverá por si só. Também não deveriam entrar na roda os pessimistas crônicos, pois eles tendem a ter uma resistência arrogante à diferença, à renovação – se fecham às possibilidades de acreditar naquilo que o escritor uruguaio Eduardo Galeano (1940-2015) nos contou certa vez: que esse mundo infame está grávido de outros mundos possíveis.

Se a gramática do ódio fecha possibilidades, a pedagogia do encontro e do afeto as expande. Por isso, devemos invocar a esperança para trabalhar com educação. A esperança não promete que tudo ficará bem, mas mantém vivo o desejo de caminhar, de construir, de criar. A esperança convoca o coletivo, porque sabe que nenhum futuro se faz sozinho. Se o medo desvincula, a esperança reúne. O sujeito da esperança não é o “eu”, é o nós. E num tempo em que tudo parece conspirar para nos fazer desistir, talvez o maior ato de coragem seja continuar acreditando – não na certeza de um final feliz, mas na possibilidade ininterrupta dos começos.

Daqui a pouco, o encantamento das ruas vai invadir nossos calendários. O Carnaval tem muito de pedagógico. É festa que nos ensina sobre espaço de comunhão, sobre aprendizagem na diferença, ensina sobre pluriversalidade, insubmissão, ginga e improviso. Nos faz lembrar que temos alma. Rompe a lógica produtivista e nos recorda que há vida para além do desempenho, que o aprendizado precisa de riso, de dança, de invenção, de pulsão de vida, de DESEJO.

Luiz Simas cita um aforismo do cantor do Império Serrano, Beto sem Braço: “o que espanta miséria é festa”.

E se a festa espanta a miséria, que a educação seja uma grande roda – de samba, de capoeira, de conversa –, onde aprender é celebrar a potência do encontro.

Que tenhamos um ano encantado.




Renata Salomone

Orientadora pedagógica da Escola Parque, fundadora da MAPA Metodologias Ativas, é professora de Sociologia do Eliezer Max e consultora pedagógica. É mestre em Ciências Sociais pela UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), tem pós-graduação em educação e formação em “Liderança na Inovação” pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). Tem longa trajetória na educação, passando pelos anos iniciais e finais do ensino fundamental, ensino médio e universitário. Foi professora substituta de Sociologia da Educação da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), de Prática de Ensino da UERJ, do curso de Extensão em Metodologias Ativas da Faculdade Cesgranrio e coordenou o Programa SESC com as Escolas Públicas. Tem experiência em grandes escolas como Eleva, Escola SESC de Ensino Médio, Eliezer, Colégio São Vicente de Paulo, entre outros. Realiza palestras e formações de professores.

Reunião de pais e educadores



 

10 fevereiro 2025

Vital Farias - Cantor e Compositor Paraibano


Vital Farias, nascido em 23 de janeiro de 1943 em Taperoá, Paraíba, foi um renomado cantor e compositor brasileiro, reconhecido por sua contribuição à música popular brasileira. Faleceu em 6 de fevereiro de 2025, aos 82 anos, em Santa Rita, Paraíba, vítima de complicações cardíacas.

Desde cedo, Vital Farias demonstrou interesse pela música, sendo o caçula de 14 irmãos. Foi alfabetizado com as irmãs através da Literatura de Cordel e teve sua formação musical intimamente ligada ao universo sertanejo.

Aos 18 anos, começou a estudar violão de forma autodidata, influenciado pela tradição musical de sua família.

Na década de 1970, ele se mudou para o Rio de Janeiro, onde se formou em Música.

Em 1978, gravou o seu primeiro disco, intitulado apenas Vital Farias. Sua primeira composição gravadafoi "Ê mãe", em parceria com o saudoso Livardo Alves e gravada por Ari Toledo.

Compositor nato, Farias ficou conhecido nacionalmente por músicas como "Canção em Dois Tempos" e pelas famosas cantorias, com ar de humor e nordestinidade. Ao longo da carreira, ele também fez parcerias com nomes como Geraldo Azevedo, Xangai e Elomar.

Músicas como "Ai, Que Saudade D'Ocê", sucesso na voz da também paraibana Elba Ramalho, e "Veja", conhecida pela interpretação de Geraldo Azevedo, também foram compostas por Vital Farias.